segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Pítia (A Sacerdotisa)

Sacerdotisa de Delfos (1891), pintura de John Collier

Pítia, ou pitonisa, era a denominação da sacerdotisa do Templo de Apolo em Delfos, na Grécia antiga, que também era conhecido como o Oráculo de Delfos. Ela era a mais importante profetiza do mundo antigo, revelando o futuro através de rituais e palavras desencontradas para diversas pessoas que as procuravam.

Antes das profecias, a pítia se banhava na fonte de Castália, jejuava por 3 dias consecutivos e se recolhia, realizando outros procedimentos. Somente após isso é que começava os trabalhos.

Sentava-se sobre o trípode, um banco de três pés, mascava folhas de louro, a árvore sagrada de Apolo, e segurava uma tigela de água. Além disso respirava os vapores que saiam de uma fenda no chão, possivelmente de origem geológica. Esses vapores eram os responsáveis pelo estado de alteração mental da pítia, que a permitia ver os acontecimentos futuros. Após as mensagens oraculares, a moça podia cair num transe que durava dias. Diziam que após os trabalhos essa moça parecia ter acabado de voltar de uma maratona, de tão cansada que estava, atendendo a um grande número de pessoas. Em alguns casos houve mais de uma pítia no templo, devido à demanda. Elas então se revezavam no atendimento ao público.

Houve um caso em que forçaram a uma dessas profetizas a atender em um horário fora do costumeiro para uma delegação de importantes homens. Ela gritou, esperneou na sessão e caiu morta depois de algum tempo de agonia.

Acreditava-se que as jovens profetizas encarnavam o espírito de Apolo durante as sessões.

A pítia era escolhida com cuidado pelos sacerdotes do templo de Apolo. Só poderiam ser mulheres, jovens, virgens, pobres e de preferência  sem instrução básica. A pobreza material e intelectual para estes religiosos era visto como pureza de alma, facilitando o trabalho de profecia, segundo eles.



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