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Sacerdotisa de Delfos (1891), pintura de John Collier
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Pítia, ou pitonisa, era a denominação da sacerdotisa do Templo de Apolo em Delfos, na Grécia antiga,
que também era conhecido como o Oráculo de Delfos. Ela era a mais importante profetiza do
mundo antigo, revelando o futuro através de rituais e palavras desencontradas para
diversas pessoas que as procuravam.
Antes das profecias, a pítia se
banhava na fonte de Castália, jejuava por 3 dias consecutivos e se recolhia,
realizando outros procedimentos. Somente após isso é que começava os
trabalhos.
Sentava-se sobre o trípode, um
banco de três pés, mascava folhas de louro, a árvore sagrada de Apolo, e segurava uma tigela de água. Além disso respirava os vapores que saiam de uma fenda no
chão, possivelmente de origem geológica. Esses vapores eram os responsáveis
pelo estado de alteração mental da pítia, que a permitia ver os acontecimentos
futuros. Após as mensagens oraculares, a moça podia cair num transe que
durava dias. Diziam que após os trabalhos essa moça parecia ter acabado de
voltar de uma maratona, de tão cansada que estava, atendendo a um grande
número de pessoas. Em alguns casos houve mais de uma pítia no templo, devido à demanda. Elas então se revezavam no atendimento ao público.
Houve um caso em que forçaram a
uma dessas profetizas a atender em um horário fora do costumeiro para uma
delegação de importantes homens. Ela gritou, esperneou na sessão e caiu morta
depois de algum tempo de agonia.
Acreditava-se que as jovens
profetizas encarnavam o espírito de Apolo durante as sessões.
A pítia era escolhida com cuidado
pelos sacerdotes do templo de Apolo. Só poderiam ser mulheres, jovens, virgens,
pobres e de preferência sem instrução básica.
A pobreza material e intelectual para estes religiosos era visto como pureza de alma, facilitando o trabalho de profecia, segundo eles.
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